Com um movimento ousado e estratégico, o Reino Unido sinaliza sua ambição de liderar a corrida global da inteligência artificial. Durante a London Tech Week 2025, o recém-eleito primeiro-ministro Keir Starmer anunciou um pacote de £1 bilhão em infraestrutura de IA e o lançamento do Extract, um assistente urbano inteligente baseado no modelo Gemini, do Google.
Paralelamente, a Nvidia confirmou a entrega de até 14 000 GPUs Blackwell para acelerar a soberania computacional britânica. Neste artigo, você vai entender como o Reino Unido está combinando poder público e inovação privada para moldar o futuro da IA no país — e no mundo.
O que é o plano de IA do Reino Unido?
O pacote de £1 bilhão apresentado por Starmer foca em três pilares principais:
- Infraestrutura computacional: novos data centers para IA soberana.
- Capacitação de talentos: bolsas, treinamentos e apoio a pesquisadores.
- Aplicações práticas: como o Extract, um sistema de IA para melhorar o planejamento urbano.
Segundo o The Guardian (jun/2025), o governo quer tornar o país menos dependente de nuvens externas e mais competitivo frente a potências como EUA e China.
Extract: o novo assistente urbano baseado no Gemini
O Extract é um assistente de IA generativa voltado à análise de dados urbanos e otimização do planejamento público. Desenvolvido com base no modelo Gemini da Google DeepMind, ele promete:
- Analisar milhões de documentos regulatórios e mapas em segundos.
- Sugerir zonas de construção sustentável e uso eficiente do solo.
- Automatizar processos burocráticos de aprovação e licenciamento.
📍 Um dos primeiros testes ocorrerá em Manchester, onde o Extract será usado para reduzir o tempo médio de licenciamento de moradias em até 40%, segundo o governo britânico.
Acordo com a Nvidia: 14 000 GPUs para IA soberana
Em paralelo à iniciativa estatal, o Reino Unido firmou parcerias com a Nvidia para garantir o acesso a até 14 000 unidades das novas GPUs Blackwell — projetadas especificamente para IA de larga escala.
💼 As GPUs vão alimentar:
- Centros de computação soberana, como o AI Research Compute Centre em Cambridge.
- Ambientes de capacitação para startups, universidades e órgãos públicos.
- Projetos de IA aplicada nas áreas de saúde, defesa e meio ambiente.
🔍 De acordo com Investors.com, esse movimento posiciona o Reino Unido como um dos países mais bem equipados em poder computacional por habitante na Europa.
Londres quer liderar a próxima fase da IA
Ao unir visão estratégica de governo com parcerias tecnológicas de alto nível, o Reino Unido sinaliza um reposicionamento geopolítico.
“Estamos construindo a fundação para uma liderança global em IA — ética, acessível e soberana.”
— Keir Starmer, Primeiro-Ministro do Reino Unido
Esse plano surge num momento crítico:
- A União Europeia intensifica regulações (AI Act).
- Os EUA concentram investimentos via OpenAI, Anthropic e Meta.
- A China acelera seus modelos próprios, como o WuDao e Ernie.
O diferencial britânico pode ser a integração entre inovação e políticas públicas, focando em aplicações com impacto direto na sociedade.

Conclusão: Por que o mundo está de olho no Reino Unido?
O pacote de IA anunciado pelo Reino Unido representa mais do que investimento financeiro: é uma estratégia nacional de soberania e competitividade tecnológica.
Principais aprendizados:
- O governo destinou £1 bilhão à IA com foco em infraestrutura e talentos.
- Lançou o Extract, assistente baseado no Gemini para planejar cidades com IA.
- Fechou com a Nvidia o fornecimento de 14 000 GPUs Blackwell.
- Reforça a visão de IA como vetor de política pública e inovação soberana.
🌍 O Reino Unido não quer apenas participar do futuro da IA — quer liderá-lo.
E você, acredita que outros países seguirão esse modelo misto de investimento estatal e parcerias com Big Techs?
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