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Ascend 910C: Huawei desafia Nvidia com chip de IA

Em meio às crescentes tensões tecnológicas entre Estados Unidos e China, a Huawei dá um passo ousado no setor de inteligência artificial com o lançamento do Ascend 910C. Este novo chip de IA promete desempenho similar ao aclamado H100 da Nvidia, surgindo como uma alternativa crucial para o avanço da IA chinesa. Mas até onde essa aposta pode levar a gigante chinesa — e o próprio ecossistema global de IA?


O que é o Ascend 910C da Huawei?

O Ascend 910C é um chip de inteligência artificial desenvolvido pela Huawei, projetado para atender às demandas de alto desempenho em treinamentos de modelos de machine learning. Ele é a evolução do Ascend 910B, e representa uma tentativa estratégica da China de reduzir sua dependência de componentes estrangeiros, especialmente diante das sanções impostas pelos EUA.

Chip Ascend 910C

Breve histórico: como chegamos aqui?

A Huawei já atua no desenvolvimento de chips desde o lançamento da série Ascend em 2019. No entanto, com o bloqueio de exportações de GPUs como o H100 e, mais recentemente, o H20 da Nvidia, a urgência por soluções domésticas disparou. O 910C é parte da resposta da Huawei a esse cenário, capitalizando anos de pesquisa e desenvolvimento em IA e semicondutores.


Como funciona o Ascend 910C?

O Ascend 910C é uma fusão de dois chips 910B, integrados por uma técnica avançada de empacotamento, que dobra seu poder computacional e capacidade de memória. Essa abordagem permite que o chip rivalize com soluções de ponta da Nvidia, especialmente para tarefas intensivas como o treinamento de grandes modelos de linguagem (LLMs) e redes neurais profundas.

Além disso, ele é produzido pela SMIC, maior fabricante de semicondutores da China, usando o processo N+2 de 7nm — uma conquista significativa, embora enfrente limitações como baixo rendimento e capacidade produtiva restrita.


Aplicações do chip na Inteligência Artificial

O Ascend 910C se destina a ser o coração das infraestruturas de IA da China. Suas aplicações incluem:

  • Treinamento e inferência de LLMs (Modelos de Linguagem de Grande Escala)
  • Processamento de visão computacional
  • Robótica inteligente
  • Veículos autônomos
  • Plataformas de cloud computing com IA integrada

Essa versatilidade permite que empresas chinesas continuem inovando mesmo sem acesso aos chips de ponta do mercado ocidental.


Casos práticos e distribuição

Segundo fontes próximas ao projeto, a Huawei já distribuiu amostras do 910C a parceiros estratégicos e iniciou o recebimento de pedidos. Embora a empresa ainda não tenha confirmado publicamente os detalhes da remessa em massa, o movimento é visto como uma resposta direta às restrições dos EUA.

Há rumores de que algumas unidades utilizam chips originalmente fabricados pela TSMC para a Sophgo, o que motivou uma investigação por parte das autoridades norte-americanas.


Quem lidera esse movimento?

A Huawei encabeça a iniciativa, mas conta com apoio de outras gigantes chinesas da IA e de infraestrutura tecnológica, como:

  • SMIC: responsável pela fabricação dos chips em processo de 7nm
  • Sophgo: parceira envolvida na distribuição de componentes
  • Baidu, Alibaba e Tencent: potenciais usuárias da tecnologia em suas plataformas de IA generativa e cloud computing

O que esperar do futuro?

A tendência é clara: a China está acelerando a criação de um ecossistema autônomo de IA. O Ascend 910C é um marco nessa trajetória, mas ainda enfrenta desafios como:

  • Limitações tecnológicas no processo de fabricação
  • Dificuldades de escala
  • Fiscalização internacional sobre propriedade intelectual

Apesar disso, o investimento crescente em P&D e a mobilização do setor estatal indicam que chips como o 910C não são casos isolados, mas o início de uma nova era de autossuficiência tecnológica na IA chinesa.


Riscos e desafios

Mesmo com seu potencial, o Ascend 910C enfrenta obstáculos consideráveis:

  • Baixo rendimento na produção em 7nm
  • Incertezas regulatórias e geopolíticas
  • Dependência ainda parcial de tecnologia estrangeira
  • Dificuldade de compatibilidade com ecossistemas de software predominantes

Esses fatores podem limitar a adoção internacional do chip, ao menos no curto prazo, mas não impedem seu papel estratégico no cenário doméstico.


Conclusão

O Ascend 910C da Huawei representa mais que um avanço tecnológico — é um símbolo de resistência e reinvenção. Em um mundo onde a IA define o ritmo da inovação, ter controle sobre o hardware se tornou uma questão de soberania. Se a Huawei conseguir escalar sua produção e manter a qualidade, o chip pode não apenas suprir a demanda chinesa, mas também remodelar o equilíbrio de poder na corrida global da inteligência artificial.

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