Helena Herrero destaca o impacto da inteligência artificial no trabalho e alerta para riscos de desigualdade
A HP, uma das gigantes globais da tecnologia, reforçou sua posição sobre a inteligência artificial como uma força transformadora, mas que exige gestão ética e preparação humana. Em recente declaração durante um fórum sobre o futuro do trabalho, Helena Herrero, presidente da HP para o Sul da Europa, Oriente Médio e África, apresentou uma visão equilibrada: a IA é inevitável e promissora, mas deve ser conduzida com responsabilidade.
IA já transforma o modelo produtivo europeu
Segundo Herrero, a IA — especialmente a generativa — já está remodelando o cenário econômico da Europa. Ela destacou que:
- A IA está afetando tanto tarefas mecânicas quanto criativas
- Estamos diante de uma mudança estrutural no modelo produtivo
- Empresas precisam se adaptar rapidamente à nova realidade
“A inteligência artificial não é mais futurismo — ela já está moldando decisões, produtos e fluxos de trabalho em tempo real.”
Trabalho do futuro será híbrido, automatizado e humano
Com base em análises recentes, Herrero dividiu o impacto da IA no trabalho em três grandes grupos:
- Um terço das tarefas será automatizado
- Outro terço será realizado em colaboração com máquinas (híbrido)
- O restante seguirá sendo exclusivamente humano
Esse cenário exigirá requalificação massiva, com foco em ética, julgamento crítico e criatividade. A HP defende que a formação contínua será essencial para que trabalhadores acompanhem as transformações com segurança e dignidade.
IA: risco de desigualdade ou potencial democratizador?
Helena Herrero fez questão de ressaltar o paradoxo da IA: ao mesmo tempo em que ela pode aumentar a produtividade e gerar oportunidades, também pode ampliar desigualdades sociais, caso não seja bem gerida.
“Se não cuidarmos da inclusão digital e da educação, a IA deixará muitas pessoas para trás.”
Por outro lado, ela destacou que, com boas políticas públicas e compromisso corporativo, a IA pode ser uma ferramenta de democratização do conhecimento, acesso ao trabalho e melhoria da qualidade de vida.
Dados do FMI reforçam a urgência da preparação
Citando um estudo do FMI (Fundo Monetário Internacional), Herrero lembrou que:
- A IA pode deslocar até 92 milhões de empregos até 2030
- No entanto, pode criar até 172 milhões de novas oportunidades
- O saldo será positivo se houver preparo e políticas ativas de transição
Essa visão reforça a ideia de que o problema não é a IA em si, mas como escolhemos implementá-la.
Visão de Especialista
“A IA só será verdadeiramente revolucionária quando usada para amplificar a capacidade humana — não para substituí-la.”
Carlos Figueiredo, consultor em estratégia e transformação digital
O diferencial seguirá sendo humano
Para Herrero, o grande desafio não está apenas na tecnologia, mas na preservação dos valores humanos. Ela concluiu afirmando que, mesmo em um mundo dominado por algoritmos e automação, três qualidades seguirão insubstituíveis:
- Julgamento crítico
- Criatividade
- Senso de propósito
Essas competências serão os verdadeiros diferenciais nos líderes, colaboradores e empresas que prosperarão na era da IA.
Conclusão: IA é meio, não fim
A fala da presidente da HP serve como um lembrete claro: a inteligência artificial deve ser guiada pela inteligência humana. Seus benefícios são reais, mas seu impacto será definido pela forma como escolhemos usá-la.
Principais pontos do artigo:
- A IA já afeta tarefas mecânicas e criativas
- Parte do trabalho será automatizado, outra parte será híbrida
- Ética, inclusão e capacitação são indispensáveis
- O diferencial competitivo continuará sendo humano
E você, está se preparando para essa transição ética e produtiva?
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